Primeira reunião anual do antecipado fundo de capital de risco de impacto português – MSM – recebeu os seus 26 investidores em Lisboa.
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O fundo de 30M€ irá investir em 30 startups que respondem aos principais desafios sociais e ambientais do nosso tempo.
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Os principais investidores no fundo MSM são o Fundo Europeu de Investimento, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Grupo Ageas Portugal, o BMW Group e o Atlântico Europa.
O fundo de capital de risco MSM foi oficialmente anunciado a 16 de janeiro em Lisboa na sua primeira reunião anual que contou com 26 investidores. O fundo MSM é o primeiro fundo de capital de risco em Portugal com uma estratégia de investimento exclusivamente focada em startups tecnológicas que contribuem para a resolução de problemas sociais e ambientais, alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
António Miguel e Henry Wigan, Managing Partners do fundo, iniciaram o processo de angariação de investimento no início de 2018. “Quando tivemos a ideia de levantar um fundo de impacto em Portugal, toda a gente adorou a ideia, mas poucos acreditaram ser possível. Vimos em Portugal a oportunidade de se tornar o centro da economia de impacto a nível Europeu. Hoje encontramos cada vez mais startups de alto potencial a nascerem ou mudarem-se para cá. Graças aos nossos investidores, o nosso fundo está numa posição privilegiada para fazer crescer o nosso ecossistema de impacto e tornar Portugal um terreno fértil para soluções inovadoras que resolvem desafios globais.” adianta o primeiro.
O fundo MSM tem a dimensão de 30 milhões de euros e pode ainda chegar aos 40 milhões de euros durante 2020.
Os principais investidores no fundo MSM são o Fundo Europeu de Investimento (através do fundo Social Impact Accelerator), a Fundação Calouste Gulbenkian, o Grupo Ageas Portugal, o BMW Group e o Atlântico Europa. No total, são 26 investidores de 10 países.
A Fundação Calouste Gulbenkian lidera do lado dos investidores, tendo sido a primeira a investir no fundo e a apoiar na mobilização dos outros investidores. “Apostar no desenvolvimento de uma agenda de investimento de impacto é a nossa oportunidade de ficar do lado certo da História. Aliar oportunidades de investimento à criação de impacto social e ambiental será determinante na resolução dos grandes desafios do nosso tempo. Esta decisão da Fundação, mais do que um momento histórico, é um passo natural naquilo que tem sido o trabalho da Fundação no desenvolvimento de um ecossistema de inovação e investimento social em Portugal, alinhado com o trabalho que outras Fundações internacionais têm vindo a desenvolver”, Luís Jerónimo, Diretor do Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Sustentável.
Katrien Buys, Diretora de Estratégia, Inovação e Sustentabilidade do Grupo Ageas Portugal, refere “O Grupo Ageas quer ser uma empresa com um papel ativo, estruturado e inovador na criação de impacto positivo na sociedade. Acreditamos, por isso, que o caminho passa por aliar a inovação e o nosso conhecimento à criação de soluções relevantes e que respondam aos maiores desafios sociais e ambientais. Para o Grupo Ageas Portugal, este fundo é o ajuste perfeito à nossa estratégia e ao dever de responsabilidade que sentimos em relação à sociedade e, o nosso envolvimento é a prova que o investimento e a criação de impacto social positivo podem andar de mãos dadas, contribuindo para oportunidades de negócio diferenciadoras.”
Todo o trabalho de estruturação do fundo e apoio legal foi liderado, com pioneirismo, pela PLMJ que é uma líder na área do investimento de impacto em Portugal no contexto das sociedades de advogados.
O fundo pretende investir em cerca de 30 startups de impacto em Portugal e toda a Europa (excluindo o Reino Unido). O fundo MSM procura soluções lucrativas que utilizem tecnologia para resolver problemas sociais e ambientais. Para todos e cada investimento do fundo MSM são definidas métricas de impacto social e/ou ambiental. A característica inovadora do fundo é o facto da remuneração da equipa de gestão do fundo em termos de performance estar dependente do cumprimento das métricas de impacto social e ambiental de cada investimento e do portfolio como um todo, alinhando os incentivos com a tese de investimento.
A Student Finance é o primeiro investimento confirmado do fundo MSM. Esta startups recorre ao modelo de Income Share Agreements para requalificar estudantes e trabalhadores assegurando que estes só pagam o custo da sua educação se conseguirem encontrar um trabalho melhor. Miguel Santo Amaro e Mariano Kostelec, cofundadores da Uniplaces, e Marta Palmeiro são os cofundadores desta inovadora startups portuguesa.